DEFINIÇÃO
Quando nosso corpo se depara com uma infecção, ele gera uma resposta inflamatória que pode levar a uma série de complicações. Essa é a chamada sepse, conhecida popularmente como infecção generalizada. A sepse é a maior causa de morte nas UTIs, chegando a 65% dos casos, no Brasil. Entenda como essa doença se desenvolve e quais as formas de prevenção e diagnóstico.
CAUSAS
COMO E POR QUE A SEPSE SE DESENVOLVE?
O corpo humano está sempre se defendendo de agentes externos que podem causar algum dano, como toxinas, bactérias, fungos e vírus. Toda agressão ao organismo provoca uma reação, mas na maioria das vezes, e em condições normais de saúde, é possível se defender desses agentes sem sentir nenhum efeito.
Quando a infecção é muito grave, geralmente causada por bactérias e vírus, o corpo lança mecanismos de defesa que prejudicam as funções vitais. A sepse é essa resposta do organismo e faz com que o sistema circulatório não consiga suprir as necessidades sanguíneas de órgãos e tecidos. Os focos de infecção mais comuns são:
Pulmões;
Abdômen (apendicite, diarreia infecciosa, infecções no pâncreas e fígado, peritonite);
Infecções urinárias e renais;
Pele (feridas, erisipela, aberturas para introduzir sondas e cateteres);
Meningite.
COMO A SEPSE É DIAGNOSTICADA?
Quanto mais tempo levar o diagnóstico, maiores as chances de a sepse levar à morte. O médico avalia o quadro clínico da pessoa e faz exames de cultura de urina, secreções e sangue para investigar de onde vem a infecção. É importante ficar atento aos sinais e sintomas da sepse para procurar ajuda o quanto antes:
- Queda da pressão arterial;
- Temperatura acima de 38ºC ou abaixo de 36ºC;
- Diminuição do volume de urina;
- Falta de ar;
- Aumento da frequência cardíaca;
- Sonolência, confusão mental e/ou agitação;
- Fraqueza extrema;
- Vômito.
A sepse é a maior causa de morte nas UTIs e os grupos que estão mais expostos aos riscos de mortalidade em decorrência da doença são:
- Pessoas que já estão internadas em UTIs ou hospitalizadas por muito tempo;
- Idosos;
- Crianças até um ano de idade;
- Pessoas com doenças crônicas, como AIDS, diabetes, câncer, insuficiência hepática, cardíaca e/ou renal;
- Transplantados;
- Pessoas com grandes feridas causadas por trauma ou queimadura.
Devido à gravidade, a sepse deve ser tratada ao mesmo tempo em que é feita a investigação da infecção. Algumas vezes, os exames não ficam prontos rápido ou não trazem resultados conclusivos, mas o tratamento não pode esperar. Os medicamentos usados são antibióticos e, em casos mais graves e com risco de falência de órgãos, o paciente é tratado na UTI e pode precisar de medicação para manter os níveis da pressão arterial.
COMO PREVENIR A SEPSE?
As infecções que podem causar a sepse não são adquiridas só em hospitais, portanto os cuidados devem ser mantidos em qualquer situação:
- Lavar as mãos e punhos com sabão ou álcool ao chegar da rua, visitar pessoas doentes ou hospitais;
- Manter a caderneta de vacinação em dia;
- Não se medicar por conta própria, principalmente antibióticos. As bactérias de seu organismo podem adquirir resistência a eles e não haver melhora do quadro em casos de necessidade.
Como é feito o tratamento
O tratamento da septicemia deve ser feito em internamento no hospital e iniciado o mais rápido possível, por profissionais de saúde com experiência na assistência a pacientes criticamente doentes.
Uma vez que a maior parte dos casos de sepse é causada por bactérias, é comum que o tratamento seja iniciado com a administração de um antibiótico de amplo espetro diretamente na veia para tentar controlar a infecção. Após a saída dos resultados das hemoculturas, o médico poderá alterar esse antibiótico para um mais específico, de forma a combater a infecção mais rapidamente.
Caso a infecção esteja sendo causada por fungos, vírus ou outro tipo de micro-organismo, o antibiótico inicial também é interrompido e são administrados os remédios mais adequados.
Durante todo o tratamento é importante ainda fazer a reposição de líquidos no corpo para regular a pressão arterial. Assim, é administrado soro diretamente na veia e, em casos mais graves, podem ainda ser utilizados remédios vasopressores para manter a pressão arterial mais regulado.
Para o tratamento da sepse, é comum o uso de medicamentos (antibióticos, corticosteroides e insulina), bem como a realização de cirurgia para remover as fontes de infecção e abcessos.
Quanto mais rápido for o diagnóstico e tratamento, melhores as chances de recuperação para o paciente.
Pessoas com sepse grave e choque séptico necessitam uma estreita vigilância e tratamento em uma UTI do hospital e podem precisar de medidas de salvamento para estabilizar as funções orgânicas.
Medicamentos para Sepse
- Bactrim
- Ceftriaxona Dissódica
- Ceftriaxona Sódica
- Ciprofloxacino
- Clocef
- Cloridrato de Dopamina
- Clavulin
- Meropeném
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento.
DISPOSITIVOS: Cateter venoso central
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