domingo, 28 de março de 2021

Coração lento: conheça os riscos da bradicardia

 

Se o seu coração bate menos de 60 vezes por minuto, ele é considerado mais lento do que o normal. Isso é chamado bradicardia e tanto pode significar um problema cardíaco grave como apenas uma adaptação fisiológica. Em atletas bem treinados por exemplo, o coração é tão forte que pode bater apenas 40 vezes por minuto de forma totalmente saudável. Já em pessoas não atletas, sedentárias, idosas ou com histórico de problemas cardíacos, o batimento cardíaco muito lento pode significar algum problema no circuito elétrico que faz o coração bater.

Coração lento: sintomas

Um coração saudável consegue bombear cerca de 5 litros de sangue por minuto. Em corações lentos, esse número pode cair bastante. Isso significa que o cérebro do paciente, e todo o seu organismo, pode não receber o volume correto de oxigênio e nutrientes necessários para um funcionamento adequado. Em geral, os sintomas da bradicardia (batimento lento) são:

  • Falta de ar;
  • Tonturas;
  • Fraquezas;
  • Falta de ar;
  • Cansaço exagerado;
  • Dores no peito;
  • Confusão mental;
  • Desmaios.

O que deixa o coração lento?

O coração possui um sistema elétrico próprio. O marcapasso natural que faz o músculo cardíaco bater no ritmo certo é chamado de Nó Sinoatrial. É ele que produz a descarga elétrica que viaja pela rede de nervos e faz o coração pulsar.
Grande parte das bradicardias são provocadas justamente por problemas no sistema de condução elétrica do coração. Nesses casos, as bradicardias são divididas em:

Disfunção do nó sinoatrial: doença que acomete o principal marcapasso do coração e leva à diminuição do número de estímulos ou mesmo à falta de ritmo cardíaco.

Bloqueio atrioventricular: distúrbio parcial ou total no circuito de condução elétrica do coração, que resulta na diminuição dos batimentos e, às vezes, na necessidade do implante de marcapasso definitivo.

A origem das bradicardias desse tipo costuma envolver o uso de medicamentos, disfunções hormonais, desequilíbrio de eletrólitos, entre outros fatores que não estão ligados a disfunções no próprio coração.

Em resumo, podemos definir como causas de bradicardia:

  • Disfunções no circuito elétrico do coração provocadas pelo envelhecimento natural (a bradicardia é mais comum em pacientes idosos).
  • Danos no circuito elétrico cardíaco provocados por ataques cardíacos, doenças coronarianas e por infecções como miocardites e endocardites.
  • Condições que podem diminuir a intensidade e frequência dos pulsos elétricos pelo coração como hipotiroidismo e desequilíbrio de minerais (eletrólitos) os no organismo.
  • Uso de medicamentos para tratar pressão alta ou outros problemas do coração, com beta-bloqueadores.

Os riscos da bradicardia

O fator chave para a bradicardia é a idade. Pessoas idosas estão mais sujeitas à doença. Entretanto, mesmo os jovens que fumam, exageram no consumo de álcool, sofrem com pressão alta, estresse e ansiedade fazem parte do grupo de risco. Dependendo do quão lenta é a frequência cardíaca do paciente, do local do coração onde ocorre o problema elétrico e de que tipo de dano pode estar presente no tecido cardíaco, a doença pode progredir de desmaios frequentes, insuficiência cardíaca à parada total do coração.

Como tratar um coração lento?

As pessoas que detectam os sintomas de bradicardia devem procurar imediatamente o cardiologista. Ele irá revisar todos os sinais presentes, rever o histórico médico e familiar do paciente e encaminhá-lo para os exames necessários. Dependendo do caso, o médico poderá solicitar desde um Eletrocardiograma até um Estudo Eletrofisiológico detalhado.

O tratamento da bradicardia também varia de acordo com a situação de cada paciente. O objetivo central, entretanto, é sempre o mesmo: fazer com que o coração volte a bater com no ritmo correto.

Nas situações em que a bradicardia é provocada por doenças secundárias, como doenças da tireoide e apneia do sono, o tratamento dessas doenças geralmente resolve a disfunção cardíaca. O mesmo acontece com a troca ou reavaliação da dosagem de medicamentos que deixam o coração lento.

Já para os casos em que o problema está na própria rede elétrica do coração, o tratamento poderá consistir no implante de um marcapasso, um aparelho que envia impulsos elétricos para o coração e mantém ele no ritmo ideal. Os marcapassos modernos são confortáveis, confiáveis e permitem que o paciente volte a vida normal rapidamente. Com alguns cuidados e orientação do médico, os desmaios, tonturas, dores e falta de ar desaparecem. A qualidade de vida melhora significativamente.

Converse com um especialista. O tratamento para a bradicardia é seguro, eficaz, e pode ser mais simples do que você imagina.

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