Montar uma mesa de cirurgia não é uma tarefa fácil. Mesmo profissionais especializados precisam de um checklist para ajudar na tarefa!
Se você é enfermeiro ou instrumentador cirúrgico, um de seus maiores desafios diários será montar uma mesa cirúrgica. Todo cuidado é pouco e toda atenção será necessária nesta tarefa, que poderá decidir a vida de alguém durante uma cirurgia.
Como montar uma mesa cirúrgica vai muito além do que apenas separar instrumentos para uma cirurgia.
Você precisará checar a quantidade de cada um, garantir que todos os instrumentos foram esterilizados corretamente e conferir se tudo funciona adequadamente e ainda colocá-los na mesa da forma certa.
Mas, como fazer tudo isso da maneira correta, sem esquecer nenhum detalhe? Confira a seguir!
O que é uma mesa cirúrgica?
As mesas de instrumentos cirúrgicos são plataformas robustas e duráveis, usadas para armazenar e transportar todos os tipos de suprimentos médicos, instrumentos e outros equipamentos.
Essas mesas móveis são construídas em aço inoxidável, facilitando a limpeza com praticamente qualquer spray ou pano desinfetante.
Elas devem ser limpas e preparadas antes e depois de cada cirurgia, adequando toda a instrumentação para o caso de cada paciente.
Como montar a mesa cirúrgica?
Antes de começar a montagem de uma mesa cirúrgica, você deverá se certificar de que você estará higienizado e em roupas estéreis.
Para isso, você deverá lavar e escovar as mãos segundo a recomendação da Anvisa para pré e pós-operatório e, depois disso, deverá secar as mãos corretamente e vestir todo o capote cirúrgico, seguindo este passo-a-passo.
Depois de paramentado, você deverá entrar na sala de cirurgia e iniciar a preparação da mesa cirúrgica.
O correto para montagem da mesa cirúrgica, é que os materiais sejam dispostos de acordo com o tempo cirúrgico, para facilitar as ações durante a cirurgia.
Para acertar esse tempo cirúrgico, as mesas são divididas em 10 setores:
- material de hélice;
- material hemostático curto;
- material avulso;
- pinças auxiliares;
- sutura;
- material hemostático longo;
- pinças especiais;
- válvulas e afastadores;
- cubas e materiais avulsos.
Os materiais cirúrgicos costumam vir duplamente embalados. A primeira embalagem, geralmente de pano estéril, é utilizada para proteger os materiais durante o transporte entre a Central de Esterilização de Materiais (CME) e a sala de cirurgia.
Cada cirurgia requer instrumentos específicos, que devem ser pedidos com antecedência na CME. Assim, o pacote que será enviado para a sala de cirurgia, vai conter apenas os instrumentos necessários para o procedimento.
Antes de abrir o pacote, você deverá conferir se a lista de materiais está correta e se a fita termossensível passou por calor. Se ela estiver com as listras em coloração marrom ou cinza, significa que o material está pronto para ser usado.
Você deverá puxar a fita com cuidado e, logo em seguida, puxar as dobras externas da embalagem de pano, de forma que o material de dentro não sofra nenhum contato.
Em seguida, troque o par de luvas por um novo par de luvas estéreis, para desembalar a segunda camada e expor a caixa de metal com os materiais cirúrgicos.
Utilize as embalagens de pano para forrar a mesa cirúrgica e dispor os objetos, de acordo com os setores recomendados.
A disposição dos setores podem ser reorganizadas, de acordo com as normas internas de cada hospital ou as preferências do instrumentador cirúrgico.
Como montar a mesa cirúrgica corretamente? Qual é a ordem dos instrumentos?
Como mencionamos anteriormente, a mesa cirúrgica pode ser dividida em 10 setores, que podem ser reorganizados entre si.
Alguns hospitais e manuais de boas práticas falam em somente quatro setores, que são eles: diérese, hemostasia, exérese e síntese.
De forma geral, podemos resumir a montagem da mesa cirúrgica com os instrumentos em 5 partes:
- Fixação: instrumentos de fixação, como pinças de campo, podem ser colocados em um canto superior, pois serão utilizados ligo no início, após a colocação dos campos cirúrgicos, e não mais ocuparão a mesa.
- Apresentação/Especiais: esses instrumentos também podem ocupar a parte superior da mesa, dispostos conforme o espaço disponível e o tempo cirúrgico em que serão utilizados.
- Síntese/Dissecção: podem ser dispostos próximo aos instrumentos de diérese, ou podem ocupar o centro da mesa, dependendo do espaço disponível.
- Preensão/Hemostasia: pode-se agrupar os instrumentos de hemostasia e de preensão conforme seu tipo na parte inferior da mesa.
- Diérese: no canto inferior, pode-se dispor, também, os instrumentos de diérese.
Em ambos os casos, a montagem segue o mesmo padrão, já que a segunda opção de setorização é somente um resumo dos 10 setores divididos anteriormente.
Para facilitar a leitura e entender como funciona cada setor, montamos a tabela abaixo, que poderá servir de modelo para o seu checklist:
Quais são os móveis auxiliares da mesa cirúrgica?
Uma sala de cirurgia é composta por diversos equipamentos hospitalares essenciais para que tudo corra bem.
Desde a própria mesa de cirurgia, até focos de luzes, mesas, cadeiras, macas, armários, carrinhos e descartes, todos os móveis hospitalares precisam ser muito bem escolhidos, para que possam ser higienizados corretamente e evitar infecções no paciente.
Aqui estão alguns dos móveis indispensáveis em uma sala de cirurgia, mas que devem ser escolhidos criteriosamente. Confira:
1. Carrinho de curativo hospitalar
Os carrinhos de curativos são excelentes auxiliares na sala cirúrgica. Fabricadas em inox, com rodas deslizantes e barras de contenção, elas podem auxiliar no apoio de tigelas e cubas mais próximas à mão do cirurgião.
Além disso, os carrinhos de curativo podem guardar materiais de uso eventual, como gazes e compressas extras, bolsas de sangue, plasma ou soro.
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2. Mesa de Mayo
A mesa de Mayo é uma mesa auxiliar, muito útil para anestesistas e auxiliares que precisam se movimentar.
Feita em inox, com altura ajustável e rodas deslizantes, ela serve como apoio para materiais mais leves, como seringas e agulhas.
Além disso, a mesa de Mayo será indispensável para a elaboração do curativo pós-cirúrgico, antes de transferir o paciente para o quarto.
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3. Mesa auxiliar hospitalar
A mesa auxiliar hospitalar é a mesa em que você poderá montar a sua mesa cirúrgica. Ela possui um tampo reto de algodão, sem barras laterais, o que facilita na hora da passagem dos instrumentos.
Os modelos mais utilizados são, geralmente, feitos em aço inox, com rodas deslizantes, o que ajuda na passagem de materiais para cirurgiões auxiliares ou mudanças de posição na sala cirúrgica.
4. Foco de luz cirúrgico
O foco de luz cirúrgico portátil é um equipamento opcional, mas que pode ajudar o instrumentador em salas de cirurgias mais escuras.
Com o foco, ele terá a claridade voltada somente para a mesa de instrumentos e poderá ver claramente cada item disponível. Além disso, por ser portátil, o foco de luz também poderá auxiliar outros profissionais dentro da sala de cirurgia.
Também pode servir como um “plano B” para o médico, caso o foco de luz principal não funcione.
Seu tamanho compacto também permite que ele seja guardado em espaços pequenos.
Conclusão
A missão de ser um instrumentador cirúrgico é bem extensa. Desde preparar a sala de cirurgia, até pedir materiais na CME, o instrumentador deverá organizar cada detalhe para que tudo saia perfeito.
Cada hospital e instrumentador desenvolvem métodos de trabalho que se encaixam nos cirurgiões, no entanto, as técnicas de uso e manuseio dos equipamentos devem permanecer.
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