terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Fisiologia Renal

 

Rins

Rins são estruturas responsáveis pela formação da urina. Apresentam formato de feijão, e, neles, analisando-os internamente, é possível perceber duas regiões: o córtex e a medula.


Os rins são os órgãos do sistema urinário responsáveis pela formação da urina. Apresentam um formato que lembra um feijão, e possuem um tamanho compreendido entre 10 cm e 13 cm de comprimento e peso de 120 g a 180 g.

Externamente, percebe-se que o rim é revestido pela cápsula verdadeira, pela gordura perirrenal e pela fáscia renal. Internamente, percebe-se duas porções distintas, o córtex e a medula, regiões onde estão os néfrons, unidades funcionais dos rins.

Órgãos vitais para o funcionamento do nosso corpo, os rins merecem atenção. Entre os principais cuidados que devemos ter com eles estão: ingestão de água e redução do consumo de sal. Os cálculos renais e a insuficiência renal são alguns dos problemas que os acometem.




Anatomia dos rins

Os rins são dois órgãos que fazem parte do nosso sistema urinário. Estão localizados na região lombar, acima da cintura, um em cada lado da coluna vertebral. O rim direito normalmente é menor que o esquerdo e está em uma posição um pouco mais baixa.

Possuem o formato de feijão, com uma borda convexa e uma borda côncava. Na região côncava, encontra-se o hilo, uma espécie de fissura pela qual passam vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, e a pelve renal (porção dilatada do ureter).


Funções:

  • Filtração do sangue;
  • Regulação do líquido extracelular, eliminando-o para que o volume normalize, e da pressão sanguínea;
  • Regulação da osmolalidade: controlando a concentração de eletrólitos e solutos;
  • Manutenção do equilíbrio iônico: mantendo a concentração adequada dos íons;
  • Regulação do pH: controlando a acidez do plasma. Se esse estiver ácido, trabalha removendo H+ para que a concentração de HCO3- sobressaia. E se estiver alcalino é necessário conservar H+ para a manutenção do equilíbrio de potencial hidrogeniônico do plasma;
  • Excreção de subprodutos metabólicos que possam ser tóxicos para o organismo;
  • Apesar de não serem glândulas, os rins produzem e secretam alguns hormônios, como a eritropoetina, que atua regulando a produção de glóbulos vermelhos, e a renina, que atua na regulação da pressão sanguínea a partir do sistema renina – angiotensina II – aldosterona.

Reabsorção e secreção

Após passar pelo processo de filtração, o filtrado glomerular segue o caminho por outros ramos do néfron: túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal, túbulo coletor e ducto coletor, até, finalmente, ser excretado em forma de urina.

Imagem 4 – Fonte: Toda Matéria

A quantidade de soluto excretada é justamente o resultado da soma da quantidade de soluto filtrada mais a quantidade de soluto secretada, subtraindo-se a quantidade de soluto reabsorvida.

Como visto anteriormente, apenas 1% do líquido filtrado é excretado, o restante é reabsorvido.

A secreção difere-se da filtração por ser um processo mais seletivo.

A reabsorção tubular ocorre tanto por mecanismos ativos quanto passivos.

Os mecanismos ativos incluem o primário e o secundário:

  • Primário: é um mecanismo acoplado diretamente à fonte de energia, como a bomba sódio – potássio de adenosina trifosfatase que funciona ao longo da maior parte do túbulo renal. Além da reabsorção de íons sódio, assunto que abordaremos mais à frente. É responsável por mover os solutos contra o gradiente eletroquímico;
  • Secundário: é acoplado indiretamente à fonte de energia. A energia liberada durante o mecanismo ativo primário é utilizada para mover outra substância contra seu gradiente eletroquímico, caracterizando o mecanismo ativo secundário. Um dos exemplos desse tipo de mecanismo é a reabsorção de glicose pelo túbulo renal. 

Os solutos são reabsorvidos pelas células epiteliais ou entre as células, por vias transcelulares ou paracelulares.

A reabsorção de água ocorre por meio de osmose, um transporte passivo.

A reabsorção de sódio ocorre na maioria dos segmentos do túbulo e é um processo auxiliado por proteínas transportadoras, que também são fundamentais no transporte ativo secundário de outras substâncias, como glicose e aminoácidos.

Algumas moléculas maiores, como algumas proteínas que atravessam a lâmina basal, são reabsorvidas por meio da pinocitose. E a reabsorção de ureia, cloreto e outros solutos, como a creatinina, ocorrem por difusão passiva.

A secreção ocorre, como apresentado, de forma mais específica. São bases e ácidos orgânicos, produtos do metabolismo, que devem ser rapidamente eliminados. O potássio e o hidrogênio são dois íons de fundamental importância e que são secretados no processo de formação de urina.

Ambos os processos ocorrem por meio de co-transporte com os íons sódio. O potássio é através da bomba sódio-potássio, que cria um diferencial de concentração responsável por garantir com que esse, que está em maior concentração no interior da célula do que no lúmen do túbulo, seja transportado passivamente para o interior do túbulo.





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