Muitas vezes, as pessoas ficam preocupadas quando sentem alterações nas batidas do coração, como ritmos diferentes ou sensações de palpitações. Nesse sentido, é importante saber sobre os parâmetros de batimentos cardíacos normais por idade, já que há casos em que essas situações podem indicar doenças do coração.
Para um melhor entendimento do assunto, elaboramos este post com informações sobre as dúvidas mais comuns sobre os batimentos cardíacos e suas variações em diferentes situações, a fim de orientar quanto aos sinais que podem indicar a necessidade de buscar ajuda médica. Continue lendo para saber mais!
O que é frequência cardíaca e quais os batimentos cardíacos normais por idade?
A frequência cardíaca refere-se à quantidade de batidas do coração por minuto, podendo sofrer variação de acordo com a idade, quando a pessoa faz algum esforço físico ou na presença de doença cardíaca. Nesse sentido, quanto mais o coração precisa se esforçar para bombear o sangue para o corpo, maior será a frequência cardíaca da pessoa.
Em repouso, a frequência cardíaca normal apresenta uma variação entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm). A aceleração dos batimentos (acima de 100 bpm) indica que a pessoa está com taquicardia. Já uma frequência cardíaca baixa, inferior a 60 bpm, é considerada uma condição de bradicardia.
É importante observar que quanto mais eficiente for a batida do coração, menor será a frequência cardíaca — o ideal é que os batimentos cardíacos se mantenham mais baixos, porém em níveis que permitam o sangue chegar ao corpo todo. Por isso, há uma faixa de variação que serve como parâmetro para medir os batimentos cardíacos normais de acordo com a idade:
- até 2 anos — 120 a 140 bpm;
- 8 até 17 anos — 80 a 100 bpm;
- adulto sedentário — 70 a 80 bpm;
- adultos que praticam atividades físicas e idosos — 50 a 60 bpm.
O que é a frequência cardíaca máxima, como ela é determinada e por quais razões ela diminui com a idade?
A frequência cardíaca máxima é o número máximo de batimentos cardíacos que ocorre no espaço de 1 minuto durante algum esforço. Dessa forma, em uma caminhada rápida, a pessoa encontra-se na condição de desempenho, com um batimento entre 60% e 75% da sua frequência cardíaca máxima (FCM). Para determinar essa frequência, a pessoa precisa ficar atenta ao seu corpo.
Isso ocorre porque durante o esforço para uma caminhada rápida, o corpo precisa de mais oxigênio. Assim, os batimentos aumentam atingindo a frequência cardíaca máxima, quando o oxigênio produzido pelo coração não é suficiente para a oxigenação dos músculos.
Cálculos para determinar a FCM
Calcular a Frequência Cardíaca Máxima (FCM) é fundamental para conhecer as limitações do próprio corpo antes de começar a fazer qualquer exercício físico. O estabelecimento do seu valor varia de acordo com a idade e o tipo de atividade que a pessoa executa diariamente. Ela pode ser verificada por meio do seguinte cálculo matemático: 226 menos a idade (para mulheres) e 220 menos a idade (para homens).
Dessa forma, para uma mulher com 45 anos, calculamos: 226 – 45 = 181 bpm (batimentos por minuto). Mas é importante observar que a FCM não é a frequência cardíaca de segurança, sendo o ideal, trabalhar com 80% desse valor. Nesse sentido, uma mulher com 45 anos deve manter os batimentos cardíacos em 145 bpm.
O que pode ser feito para preservar o máximo a capacidade cardíaca e condicionamento físico?
O condicionamento físico diz respeito à forma como os vasos sanguíneos, coração, músculos e pulmões precisam resistir às tarefas diárias e ocasionais. Também se refere aos desafios físicos inesperados e às situações de mínimo de cansaço e desconforto e ao quanto de reserva de energia é necessária para as atividades que se pretende realizar.
Em geral, a recomendação médica para garantir um coração saudável é movimentar o corpo, pois quando fazemos exercícios regularmente, o órgão trabalha com mais eficiência, sem ter de fazer muito esforço. Além disso, o sangue flui melhor e os vasos e artérias ficam mais flexíveis e saudáveis. Tudo isso é fundamental para prevenir doenças cardiovasculares, como o infarto, derrame e hipertensão.
Para tanto, é importante manter uma frequência de atividades físicas com 1 hora por dia e 7 dias por semana, visando a redução do risco de doença cardíaca. Esse benefício aumenta de acordo com a quantidade de exercícios realizados. As atividades podem ser variadas como:
- corrida — afasta o risco de doenças cardiovasculares;
- caminhada ao ar livre — aumenta o fluxo sanguíneo, reduzindo a pressão arterial e evitando o infarto, derrame e problemas de circulação sanguínea;
- caminhada em esteira — em velocidade entre 4,0 e 6,0 km/h (acima disso pode ser prejudicial à coluna lombar) e com inclinação entre 2 e 12% (sem segurar na barra de apoio) é uma atividade cardiovascular muito eficiente;
- natação — exercício de baixo impacto nas articulações que melhora o sistema cardiorrespiratório e evita doenças respiratórias.
Em quais situações os batimentos cardíacos ficam altos?
Quando em repouso, a frequência cardíaca considerada normal não deve ultrapassar 100 bpm. Acima desse valor a frequência cardíaca é considerada taquicardia, sendo importante se consultar com um médico. Os batimentos cardíacos podem apresentar valores mais altos em diversas situações, como ao praticar exercícios físicos ou diante de emoções fortes.
O aumento da frequência cardíaca pode ser provocado por doenças cardíacas (arritmias), estresse, ansiedade, alto consumo de cafeína, bebidas alcoólicas, cigarro, doenças reumáticas, hipertireoidismo, processos infecciosos, uso de determinados medicamentos, entre outros.
Quais são as causas dos batimentos cardíacos baixos?
A frequência cardíaca baixa (menos de 60 bpm), conhecida como bradicardia, pode ocorrer em função da idade ou do uso de certos medicamentos para o coração. Em pessoas jovens, quanto melhor for o seu coração, mais baixa será a sua FC. No entanto, os bloqueios cardíacos ou disfunções do nódulo sinusal são alterações que resultam na redução dos batimentos e podem sinalizar algum problema. Nesse caso, é fundamental buscar auxílio médico.
Como vimos, é importante saber sobre batimentos cardíacos normais por idade para ter um parâmetro sobre possíveis alterações na frequência cardíaca, tanto para níveis mais altos quanto para mais baixos. Em qualquer uma dessas situações é fundamental buscar ajuda médica para uma correta avaliação e tratamento.
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