sábado, 17 de dezembro de 2022

ÁCIDO ÚRICO (HIPERURICEMIA)

 Ácido úrico em excesso pode desencadear a formação de pequenos cristais de urato de sódio, que se depositam em vários locais do corpo, especialmente nas articulações.


Ácido úrico em excesso pode desencadear a formação de pequenos cristais de urato de sódio, que se depositam em vários locais do corpo, especialmente nas articulações.

 

O ácido úrico está entre as substâncias naturalmente produzidas pelo organismo. Ele surge como resultado da quebra das moléculas de purina – proteína contida em muitos alimentos – por ação de uma enzima chamada xantina oxidase. Depois de utilizadas, as purinas são degradadas e transformadas em ácido úrico. Parte dele permanece no sangue e o restante é eliminado pelos rins.

Os níveis de ácido úrico no sangue podem subir porque sua produção aumentou muito, porque a pessoa está eliminando pouco pela urina ou por interferência do uso de certos medicamentos.

Como consequência dessa taxa de ácido úrico elevada (hiperuricemia), formam-se pequenos cristais de urato de sódio semelhantes a agulhinhas, que se depositam em vários locais do corpo, de preferência nas articulações, mas também nos rins, sob a pele ou em qualquer outra região do corpo.

Estudos recentes realizados no Instituto do Coração de São Paulo mostram que níveis elevados de ácido úrico no sangue aumentam o risco de desenvolver acidentes cardiovasculares.

 

Sintomas

 

O depósito dos cristais de urato nas articulações, em geral, provoca surtos dolorosos de artrite aguda secundária, especialmente nos membros inferiores (joelhos, tornozelos, calcanhares, dedos do pé), mas pode comprometer qualquer articulação. Nem todas as pessoas com esse excesso desenvolverão gota, um tipo de artrite secundária, de caráter genético e hereditário, que acomete mais os homens adultos.

Nos rins, a hiperuricemia é responsável pela formação de cálculos renais (litíase renal) e insuficiência renal aguda ou crônica (nefropatia úrica).

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico de certeza é dado por um exame que mede a concentração dessa susbstância no sangue e exige oito horas de jejum para ser realizado.




Tratamento e prevenção

 

Portadores desse distúrbio metabólico devem evitar o estresse físico, o uso de diuréticos e de anti-inflamatórios, assim como devem evitar a ingestão excessiva de alimentos e bebidas ricos em purina (carne vermelha, frutos do mar, peixes, como sardinha e salmão, e miúdos).

Como leite e derivados parecem melhorar a eliminação do ácido úrico, devem ser incluídos na dieta que, acima de tudo, precisa ser saudável e favorecer o controle da obesidade e da hipertensão.

Além da alimentação pouco calórica, quando necessário, podem ser indicados medicamentos para inibir a produção de ácido úrico (alopurinol) ou para aumentar sua excreção (probenecide e sulfinpirazona). Algumas pessoas precisam dos dois tipos porque têm excesso de produção e dificuldade de excreção dessa substância.

 

Recomendações

 

  • Beba bastante água para ajudar o organismo a eliminar o ácido úrico;
  • Prefira os alimentos não industrializados; adote uma dieta saudável, rica em frutas, verduras, leite e derivados;
  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas, especialmente de cerveja que é rica em purina;
  • Não se automedique. Consulte um médico para orientar o tratamento e peça ajuda ao nutricionista para eleger uma dieta que ajude a controlar a taxa de ácido úrico e a manter o peso em níveis adequados.

QUAL A TAXA DE ÁCIDO ÚRICO NORMAL?

As taxas de ácido úrico são identificadas em exames laboratoriais de sangue e urina.

Os valores médios utilizados como base de taxas "normais" são de 2,5 a 3 mg/dL. Acima disso, já se encontra em estado de alerta e se torna preocupante quando passa de 7 mg/d.





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