sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Você sabe realizar uma Cirurgia de Whipple?

  



A duodenopancreatectomia é o único tratamento com possibilidade de cura para tumores da região peri-ampular. A operação foi difundida a partir da publicação de Whipple, ganhando popularidade com este epônimo (Cirurgia de Whipple).

As primeiras series reportavam uma morbidade e mortalidade elevadas. Devido aos resultados ruins, nas décadas de 60 e 70, sua indicação foi bastante questionada e até abandonada em alguns centros. O argumento, naquelas décadas, era que os pacientes submetidos a procedimentos paliativos apresentavam sobrevida semelhante ou mesmo maior que os operados, sem os riscos das complicações.

Nas décadas de 80 e 90, com as melhorias dos cuidados pré e pós-operatórios e a maior especialização dos serviços em cirurgia avançadas Hepato Bilio Pancreáticas, os resultados da cirurgia de Whipple apresentaram melhora expressiva. Séries recentes em grandes centros relatam mortalidade operatória de 2%, porém com índice de complicações ainda elevado, de cerca de 40%.

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As principais complicações da cirurgia são as fistulas pancreáticas, biliares e o esvaziamento gástrico retardado. Existem várias técnicas de reconstrução do transito alimentar, biliar e pancreático. Atualmente, em grande número de casos, é preservado o estômago em sua totalidade na tentativa de diminuir o número de esvaziamento gástrico retardado. Inúmeras técnicas também existem para diminuir o número de fístulas pancreáticas. Assista abaixo a prévia de uma Cirurgia de Whipple.
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A cirurgia de Whipple atualmente é realizada, em alguns casos, até mesmo por técnica minimamente invasiva (vídeolaparoscópica ou robótica). Desde a primeira descrição da técnica, no início dos anos 90, a ressecção laparoscópica da cauda do pâncreas tornou-se cada vez mais comum. Entretanto, a Cirurgia de Whipple minimamente invasiva somente deve ser realizada em grandes centros e em casos selecionados.



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