sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Cisto pilonidal

  

Definição 



Cisto pilonidal é uma lesão envolta por uma membrana, que tem na parte de dentro pelos, fragmentos de pele, glândulas sebáceas e também glândulas sudoríparas.

Esse conteúdo, que ficou ali, gera um processo de inflamação que acumula pus e pode indicar infecção.

Em geral, o cisto pilonidal ou abscesso pilonidal aparece na parte superior da prega que divide as nádegas, logo acima do ânus, na região sacral e do cóccix, no final da coluna vertebral.

Embora esse seja o local mais comum, o cisto também pode aparecer no couro cabeludo, nas axilas e no umbigo.

Os casos de cisto pilonidal são mais comuns entre jovens, de 15 a 30 anos. Isso porque, normalmente, nessa idade os folículos pilosos são mais amplos e produzem mais sebo.

Os homens respondem por 80% dos diagnósticos. Pessoas que passam muito tempo sentadas, obesos, quem tem a prega das nádegas mais profunda e quem tem excesso de pelos na região do cóccix têm mais chances de ter cisto pilonidal.

O que causa o cisto pilonidal?



A causa do cisto pilonidal pode gerar dúvidas e controvérsias. Inicialmente, acreditava-se que a doença era congênita, ou seja, o paciente já nascia com essa pré-disposição.

Hoje em dia, entende-se que é uma doença adquirida ao longo da vida, considerando a influência dos hormônios sexuais nas glândulas sebáceas e o atrito crônico da pele na região acometida.

O que acontece é que esses hormônios colaboram com a distensão dos folículos e o aumento da produção de queratina. Ao mesmo tempo, a região pode passar por um trauma e esse trauma causa o que chamamos de foliculite, uma inflamação do folículo piloso.

O cisto pilonidal nada mais é, portanto, do que o rompimento desse folículo piloso inflamado que foi aprofundando na pele com o passar do tempo.

Opções de tratamento para o cisto pilonidal



Sobre o melhor tratamento do cisto pilonidal, a situação deve ser avaliada individualmente.

Para casos mais agudos, por exemplo, em que o paciente sente muita dor e mal consegue se sentar, o processo de drenagem da secreção acumulada é o primeiro passo indicado para promover um alívio inicial.

Pode-se dizer que metade dos casos acontecem de forma aguda – decorrente de inflamação – e a outra metade de forma crônica, ou seja, o paciente convive com o cisto e a drenagem constante de pus.

Drenagem



A drenagem do cisto pilonidal com pus, quando não ocorre de forma espontânea, precisa ser induzida com a ajuda de procedimento médico para aliviar a dor da inflamação.

Nos casos espontâneos, há a formação natural do que chamamos de drenagem pilonidal, que é a saída para a secreção.

Para a drenagem induzida, é feita uma pequena incisão da pele, utilizando anestesia local, de forma rápida.

Isso pode ser feito no consultório ou hospital, e a recuperação completa se dá em pouco mais 1 semana.

Em geral, é solicitado que o paciente use medicamentos antibióticos nessa fase. Porém, vale reforçar que essa solução é temporária.

Depois da drenagem induzida, esse paciente passa a ter o cisto pilonidal com a saída crônica de secreção.

Como a drenagem é uma solução importante, porém temporária, significa que essa secreção vai continuar se formando e, muitas vezes, pode ser vista nas roupas íntimas do paciente.

Se isso não for feito, a dor vai continuar. Agora, como é possível curar completamente o cisto pilonidal?

O tratamento definitivo é feito com cirurgia e a remoção da pele e do tecido subcutâneo na região do cisto. Ele é indicado quando há melhora da inflamação/infecção.




A cirurgia de remoção do cisto pilonidal com fechamento primário consiste em abrir a pele, retirar o cisto, raspar a região com tecido exposto a infecção crônica pelo cisto e fazer um fechamento da ferida sem tensão por meio de retalho de avanço da pele e tecido subcutâneo.


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