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Energia das mãos : O despertar da magia Helena Blavatsky

Em 1880, no Sri Lanka, Blavatsky e Olcott realizaram a cerimônia de “tomar Pansil”, os cinco preceitos budistas leigos, também refugiando-se em Buda, Dharma e Sangha.

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Instituto IDG

Transformação social por meio de ações socioeducativas socioculturais Realização de cirurgias plásticas reparadoras em vítimas de violência doméstica.

quarta-feira, 23 de março de 2022

Paramentação no Centro Cirúrgico

 Da área física à vestimenta, um setor restrito de extremo cuidado que faz toda a diferença

O centro cirúrgico é um lugar especial dentro do hospital, convenientemente preparado e que segue um conjunto de requisitos que o tornam apto à prática de cirurgias.



 

No conjunto hospitalar é a divisão mais importante, pois lá é que são executadas as ações médicas decisivas, as cirurgias, exigindo, de tal modo, detalhes minuciosos em seu planejamento e construção, para garantir o cumprimento de técnicas assépticas, instalação de equipamentos específicos que facilitem o ato cirúrgico.

Em sua construção deve-se ressalvar: localização, área, estrutura, composição física, salas de cirurgia, equipamentos e materiais, administração e regulamentos. A localização deve oferecer tanto segurança quanto boa aplicação das técnicas assépticas, ficando distante de locais de grande circulação, ruído e poeira.

  • NA ÁREA FÍSICA:
  1. Vestiário;
  2. Conforto médico;
  3. Sala de anestesia;
  4. Sala de enfermagem;
  5. Sala de estoque de material e medicamentos;
  6. Área para recepção de pacientes;
  7. Sala de operação;
  8. Sala para equipe de limpeza e elementos de apoio (banco de sangue, raios X, laboratórios, anatomia patológica, auxiliares de anestesia, segurança e serviços gerais – engenharia clínica ‒ parte elétrica, hidráulica e eletrônica).
  • ESTRUTURA, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS:
  1. Tamanho das salas;
  2. Portas largas.
  • NAS SALAS CIRÚRGICAS:
  1. Pisos de superfície lisa;
  2. Paredes acústicas;
  3. Teto de material lavável;
  4. Janelas que não permitam entrada de poeira e insetos;
  5. Iluminação com ausência de sombras e reflexos;
  6. Ventilação com temperatura ambiente;
  7. Renovação do ar e umidade adequada;
  8. Lavabo com misturadores para água.

A sala de cirurgia é um local estéril e nele deve-se ter:

  1. Mesa de operação com comandos de posição na cabeceira, ou mesa própria para a especialidade a que se destina;
  2. Mesas auxiliares para o instrumental;
  3. Mesa para o anestesista e seus medicamentos;
  4. Aparelhos de anestesia e respiradores, foco de luz; para a enfermeira, prateleiras para a guarda de fios, campos e instrumental.
  5. A sala de cirurgia deve abrigar aparelhos auxiliares como bisturi elétrico.

MATERIAL CIRÚRGICO: 

Basicamente, um procedimento cirúrgico segue três etapas principais: diérese, hemostasia e síntese.

  1. DIÉRESE: Corte Bisturi, tesoura

PREENSÃO ‒ Apanhar estruturas, pinça anatômica e dentes de rato.

  1. HEMOSTASIA: Pinçamento de vasos pinças hemostáticas (Halsted, Kelly)

EXPOSIÇÃO ‒ Afastamento de tecidos Afastadores (Farabeuf, Gosset etc.).

ESPECIAL ‒ Própria Pinça de Abadie – cirurgia gástrica.

Pinça de Potts – cirurgia vascular

  1. SÍNTESE: União de tecidos (agulhas e porta-agulhas)

EXPOSIÇÃO

  1. SÍNTESE OU SUTURA

 

PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA

Paramentação cirúrgica é a vestimenta específica e apropriada aos procedimentos realizados no Centro Cirúrgico.

 De acordo com a tradição, inclui o uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo, gorro, máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica.

 

Avental Descartável – Não Estéril
Avental Descartável
Luvas Cirúrgicas
Luvas Cirúrgicas
Sapatilha Propé Descartável
Sapatilha Propé Descartável
Desuso 

 

 

 

 

 

 


Máscaras Cirúrgicas – com Elástico
Máscaras Cirúrgicas – com Elástico
Touca Descartável
Touca Descartável

 

 

 

 

 

 

 

Ressalta-se que a utilização do uniforme privativo deve ser restrita ao ambiente do Centro Cirúrgico, com o objetivo de proteção aos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em tal unidade crítica. As roupas da rua nunca devem ser usadas em áreas semirrestritas ou restritas do centro cirúrgico.

Deve haver um ponto de demarcação entre as áreas de circulação sem restrição e as semirrestritas que ninguém pode ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo que este deve incluir gorro ou capuz, propés e máscara facial. É também uma forma de facilitar o atendimento em casos de emergência e proporcionar o acesso as áreas restritas com maior rapidez e, consequentemente, diminuir a morbidade e mortalidade na instituição.

quinta-feira, 17 de março de 2022

Os drenos cirúrgicos

 Os drenos cirúrgicos são dispositivos cuja finalidade é retirar a presença de ar ou secreções de espaços cavitários, sejam eles anatômicos (tórax e abdômen, por exemplo) ou leito de feridas. Eles permitem a saída de sangue e líquidos serosos decorrentes de procedimentos cirúrgicos, entre outros tipos de efluentes (secreções do trato digestivo, exsudato purulento). (1)

A importância da utilização dos drenos cirúrgicos se dá por eles retirarem o acúmulo de líquidos do sítio cirúrgico que poderia servir como meio de cultura para micro-organismos, reduzindo, assim, a possibilidade de formação de um potencial foco infeccioso. Além disso, o acúmulo de líquido pode acarretar aumento de pressão local, comprometendo o fluxo sanguíneo e linfático; comprimindo áreas adjacentes e causar irritação e necrose tecidual (no caso de efluentes como bile, pus, suco pancreático e urina). (2,3)

Os drenos cirúrgicos podem ser classificados segundo sua estrutura básica (laminares, tubulares); sua composição, como borracha (látex), polietileno ou silicone, de acordo com seus diferentes mecanismos de drenagem, sendo elas passiva (capilaridade – drenos laminares), (gravidade – drenos tubulares); e ativa: sucção ou vácuo (drenos tubulares); além das suas maneiras de uso. (1-3)


Os tipos de drenos cirúrgicos mais utilizados são: (1,3)



  • Drenos de Penrose: é um sistema de drenagem aberto, com composição à base de borracha tipo látex, utilizado em procedimentos cirúrgicos com potencial para o acúmulo de líquidos, infectados ou não;



  • Drenos de Sucção (HEMOVAC®/PORTOVAC®/JACKSON-PRATT/BLAKE): sistema fechado de drenagem por sucção contínua e suave, fabricado em polietileno ou silicone. É composto de um reservatório com mecanismo de abertura para remoção do ar e do conteúdo drenado, um tubo longo com múltiplos orifícios na extremidade distal que fica inserida na cavidade cirúrgica. A remoção do ar do interior do reservatório cria uma condição de vácuo, promovendo uma aspiração ativa do acúmulo de secreções;



  • Dreno de tórax (selo d’água): os sistemas coletores de drenagem pleural ou mediastinal são empregados em cirurgias torácicas ou cardíacas, destinando-se à retirada de conteúdo líquido e/ou gasoso da cavidade torácica. São constituídos de um dreno tubular em polietileno, geralmente com mais de um orifício na extremidade distal que fica inserida na cavidade, um tubo extensor que conecta o dreno ao frasco coletor e o frasco em polietileno rígido com um suporte na sua base;



  • Dreno de Kerr: introduzido na região das vias biliares extra-hepáticas, utilizados para drenagem externa, descompressão ou, ainda, após anastomose biliar como prótese modeladora, devendo ser fixado através de pontos na parede duodenal lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua remoção espontânea ou acidental.

Outros tipos de drenos/cateteres: cateter de malecot  e cateter de pezzer (gastrostomias),



 dreno de pigtail (nefrostomias e drenagens em geral), 



cateter duplo J, dreno de Abramsom, cateter de nelaton etc. Em linhas gerais, a diferença conceitual entre cateter e drenos é que o primeiro, permite a administração e retirada de líquidos, diferentemente dos drenos que são utilizados apenas para remoção dos líquidos/ar.

As principais complicações relacionadas a drenos cirúrgicos: infecção, obstrução hemotórax residual, pneumotórax residual, pneumonia, redrenagem. (1,4)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) definiu algumas recomendações para o manejo seguro dos drenos cirúrgicos desde sua inserção no ato cirúrgico até os cuidados pós-operatórios com os dispositivos, dentre eles, o curativo.

A inserção dos drenos cirúrgicos geralmente deve ocorrer no momento da cirurgia, preferencialmente em uma incisão separada, diferente da incisão cirúrgica. A recomendação é fazer uso de sistemas de drenagens fechados e remover o mais breve possível. Para o preparo intraoperatório da pele, deve-se realizar a degermação do local antes da aplicação do antisséptico alcoólico (PVPI ou clorexidina); a antissepsia é feita no sentido centrífugo circular (do centro para a periferia) de maneira ampla. (1)

O curativo a ser realizado irá depender se a drenagem é de sistema aberto (que permite o contato com o meio externo) ou fechado.

Sistema de drenagem aberto: De maneira asséptica, com gaze umedecida com soro fisiológico, limpar o óstio de inserção e depois o dreno; limpar as regiões laterais da incisão do dreno, secar a incisão e as laterais com gaze estéril. Ocluir o dreno mantendo uma camada de gaze entre o dreno e a pele ou quando ocorrer hipersecreção colocar bolsa simples para colostomia. (1)

Pontos importantes:

  • Sistemas de drenagem aberta (por exemplo, no tipo Penrose ou tubular) devem ser mantidos ocluídos com bolsa estéril ou com gaze estéril por 72 horas. Após esse período, a manutenção da bolsa estéril fica a critério médico. (1)
  • Alfinetes de segurança não são recomendados como meio de evitar mobilização dos drenos Penrose por não serem considerados produto para a saúde (PPS), enferrujarem facilmente e propiciarem colonização do local. (1)
  • Os drenos de sistema aberto devem ser protegidos durante o banho. (1)

Sistema de drenagem fechado: De maneira asséptica, com gaze umedecida com soro fisiológico, limpar o local de inserção do dreno ou cateter, utilizando as duas faces da gaze; com gaze estéril, secar o local de inserção do dreno ou cateter; aplicar álcool a 70%. Ocluir o local de inserção com gaze estéril. (1)

Pontos importantes:

  • Antes de iniciar o curativo, inspecionar o local de inserção do dreno por meio de palpação. (1)
  • Realizar troca de curativo a cada 24 horas ou sempre que o mesmo se tornar úmido, solto ou sujo. (1)

Um estudo de validação (5) realizado no Brasil com enfermeiros especialistas objetivou validar as intervenções de enfermagem com os drenos cirúrgicos de tórax e obteve como resultado as principais intervenções tidas como importantes e objetivas:

  • Manter o frasco de drenagem com selo d’água abaixo do nível do tórax;
  • Clampear os drenos sempre que o frasco de drenagem estiver posicionado acima do nível do tórax por longos períodos, assegurando que o clampe fique no local pelo menor tempo possível;
  • Certificar-se de que o dispositivo de drenagem torácica fique mantido em posição vertical;
  • Manter a higiene adequada das mãos antes, durante e após inserção ou manipulação do dreno torácico;
  • Trocar o curativo em torno do dreno torácico a cada 24 horas e conforme necessário;
  • Monitorar quanto aos sinais e sintomas do pneumotórax.

Outros cuidados fundamentais na assistência ao paciente com drenos cirúrgicos são a avaliação do volume do efluente (que varia conforme o tipo de cirurgia e tempo de pós-operatório, indica presença sangramento ativo, obstrução e outras condições); do aspecto do efluente (se é hemático, seroso, purulento, fecaloide, biloso, serohemático, piohemático, etc.), da pele circundante (aspecto da pele, presença de sinais de flogose (hipermia, calor, dor, edema), presença de lesões por dispositivos médicos ou adesivos).

O uso de drenos, sondas e cateteres predispõe risco para quedas em pacientes cirúrgicos, principalmente na população idosa, em especial quando utilizam-se bolsas e frascos coletores graças à restrição de movimentos associados à insegurança, medo de sentir dor, de deslocar o dreno ou, ainda, o desconforto causado ao paciente na sua mobilização. (6)

A respeito da retirada e tracionamento de dreno, ordenha e troca de selo d’água, diversos pareceres tanto do Conselho Federal de Enfermagem (7) quanto dos Conselhos Regionais de Enfermagem de diversos estados (8-14) atribuem legalidade de tais procedimentos, enfatizando a necessidade prévia de prescrição médica, bem como o enfermeiro possuir habilidade 

técnico científica para execução dessas intervenções.

Diante disso, a equipe de enfermagem tem papel fundamental no cuidado seguro ao paciente que utiliza drenos cirúrgicos pelo fato ter como atribuição a manipulação direta e avaliação desse dispositivo, sendo imprescindível o conhecimento legal, técnico e clínico, baseado em evidências para uma a assistência de qualidade e com menor risco de complicações possíveis.

segunda-feira, 7 de março de 2022

Doença de Whipple: o que é, sintomas e tratamento

 A doença de Whipple é uma doença infecciosa rara causada pela bactéria Tropheryma whipplei, que na maioria dos casos afeta o intestino delgado e dificulta a absorção de alimentos, provocando sintomas como diarreia, dor abdominal ou perda de peso.

Apesar dos sintomas gastrointestinais serem mais frequentes, é comum também que surjam sintomas mais gerais devido à instalação da bactéria em outros órgãos, podendo ser notada dor nas articulações, alterações do movimento e distúrbios cognitivos, pelo comprometimento cerebral, e dor no peito, falta de ar e palpitações, devido ao comprometimento do coração, por exemplo.

Embora possa colocar a vida em risco à medida que progride, a doença de Whipple pode ser tratada com o uso de antibióticos receitados pelo gastroenterologista ou clínico geral, sendo importante fazer o tratamento de acordo com a orientação médica para garantir a eliminação da bactéria do organismo.

Sintomas da doença de Whipple

Os sintomas mais comuns da doença de Whipple estão relacionados com o fato da bactéria instalar-se no intestino e provocar pequenas lesões que dificultam a absorção de minerais, nutrientes, gordura e água. Os principais sintomas da doença de Whipple são:

  • Diarreia constante;
  • Dor abdominal;
  • Cólicas que podem piorar após as refeições;
  • Presença de gordura nas fezes;
  • Perda de peso.

Geralmente, os sintomas vão se agravando muito lentamente ao longo do tempo, podendo durar durante meses ou anos. À medida que a doença progride, pode afetar outros locais do corpo e causar outros sintomas como dor nas articulações, tosse, febre e linfonodos aumentados. 

A forma mais grave, entretanto, acontece quando surgem sintomas neurológicos, como alterações cognitivas, movimentos oculares, alterações do movimento e do comportamento, convulsões e dificuldades na fala, ou quando surgem sintomas cardíacos, como dor no peito, falta de ar e palpitações, devido à alterações na função cardíaca.

Embora o médico possa suspeitar da doença devido aos sintomas e histórico clínico, o diagnóstico só pode ser confirmado com uma biópsia do intestino, normalmente retirada durante uma colonoscopia ou endoscopia digestiva alta, já que assim é possível verificar o comprometimento

Como é feito o tratamento

O tratamento da doença de Whipple normalmente é iniciado com um antibiótico injetável, como Ceftriaxone ou Penicilina, por 15 dias, sendo necessário, em seguida, a manutenção de antibióticos por via oral, como Sulfametoxazol-Trimetoprima, Cloranfenicol ou Doxiciclina, por exemplo, durante 1 ou 2 anos, para eliminar completamente as bactérias do organismo. 

Embora o tratamento seja bastante demorado, a maioria dos sintomas desaparece entre 1 a 2 semanas após o início do tratamento, no entanto, o uso do antibiótico deve ser mantido por todo o período indicado pelo médico.

Além dos antibióticos, é fundamental a ingestão de probióticos para regular o funcionamento do intestino e melhorar a absorção dos nutrientes. Também pode ser necessário fazer suplementação em vitaminas e minerais, como vitamina D, A, K e vitaminas do complexo B, assim como cálcio, por exemplo, porque a bactéria dificulta a absorção dos alimentos e pode causar casos de subnutrição.

Como prevenir

Para prevenir esta infecção é importante apenas beber água potável e lavar bem os alimentos antes de os preparar, pois a bactéria que causa a doença, normalmente, se encontra no solo e na água contaminada.

No entanto, existem muitas pessoas que possuem a bactéria no organismo, mas nunca desenvolvem a doença. 

Procedimento Whipple

 


Visão geral



Um procedimento de Whipple – também conhecido como duodenopancreatectomia – é uma operação complexa para remover a cabeça do pâncreas, a primeira parte do intestino delgado (duodeno), a vesícula biliar e o ducto biliar.

O procedimento de Whipple é usado para tratar tumores e outros distúrbios do pâncreas, intestino e ducto biliar. É a cirurgia mais usada para tratar o câncer de pâncreas que está confinado à cabeça do pâncreas. Depois de realizar o procedimento de Whipple, seu cirurgião reconecta os órgãos restantes para permitir que você digira os alimentos normalmente após a cirurgia.


O procedimento de Whipple é uma operação difícil e exigente e pode ter sérios riscos. No entanto, essa cirurgia geralmente salva vidas, principalmente para pessoas com câncer.


Procedimentos relacionados

Dependendo da sua situação, seu médico pode conversar com você sobre outras operações pancreáticas. Procure uma segunda opinião de um cirurgião especializado, se necessário. As opções incluem:

  • Cirurgia para tumores ou distúrbios no corpo e cauda do pâncreas. A cirurgia para remover o lado esquerdo (corpo e cauda) do pâncreas é chamada de pancreatectomia distal. Com este procedimento, seu cirurgião também pode precisar remover seu baço.
  • Cirurgia para remover todo o pâncreas. Isso é chamado de pancreatectomia total. Você pode viver relativamente normalmente sem um pâncreas, mas precisará de insulina e reposição enzimática ao longo da vida.
  • Cirurgia para tumores que afetam os vasos sanguíneos próximos. Muitas pessoas não são consideradas elegíveis para o procedimento de Whipple ou outras cirurgias pancreáticas se seus tumores envolverem vasos sanguíneos próximos. Em poucos centros médicos nos Estados Unidos, cirurgiões altamente especializados e experientes realizarão essas operações com segurança em pacientes selecionados. Os procedimentos envolvem também a remoção e reconstrução de partes dos vasos sanguíneos.

Por que é feito

Um procedimento de Whipple pode ser uma opção de tratamento para pessoas cujo pâncreas, duodeno ou ducto biliar é afetado por câncer ou outro distúrbio. O pâncreas é um órgão vital que fica na parte superior do abdômen, atrás do estômago. Ele trabalha em estreita colaboração com o fígado e os dutos que transportam a bile. O pâncreas libera (secreta) enzimas que ajudam a digerir os alimentos, especialmente gorduras e proteínas. O pâncreas também secreta hormônios que ajudam a controlar o açúcar no sangue.
Seu médico pode recomendar que você faça um procedimento de Whipple para tratar:


  • Câncer de pâncreas
  • Cistos pancreáticos
  • Tumores pancreáticos
  • Pancreatite
  • Câncer de ampola
  • Cancro do ducto biliar
  • Tumores neuroendócrinos
  • Câncer de intestino delgado
  • Trauma no pâncreas ou intestino delgado
  • Outros tumores ou distúrbios envolvendo o pâncreas, duodeno ou ductos biliares
O objetivo de fazer um procedimento de Whipple para o câncer é remover o tumor e impedir que ele cresça e se espalhe para outros órgãos. Este é o único tratamento que pode levar à sobrevida prolongada e à cura da maioria desses tumores.


Riscos

O procedimento de Whipple é uma operação tecnicamente difícil, muitas vezes envolvendo cirurgia aberta. Ele traz riscos durante e após a cirurgia. Estes podem incluir:


  • Sangramento nas áreas cirúrgicas
  • Infecção da área da incisão ou dentro de seu abdômen
  • Esvaziamento retardado do estômago, o que pode dificultar a alimentação ou manter a comida no estômago temporariamente
  • Vazamento do pâncreas ou da conexão do ducto biliar
  • Diabetes, temporária ou permanente

Extensas pesquisas mostram que as cirurgias resultam em menos complicações quando feitas por cirurgiões altamente experientes em centros que realizam muitas dessas operações. Não hesite em perguntar sobre a experiência do seu cirurgião e do hospital com procedimentos de Whipple e outras operações pancreáticas. Se tiver alguma dúvida, procure uma segunda opinião.

Como você se prepara

Seu cirurgião revisará vários fatores para avaliar qual abordagem para sua cirurgia é a melhor em sua situação. Ele ou ela também avaliará sua condição e garantirá que você esteja saudável o suficiente para uma operação complexa. Você pode precisar de alguns exames médicos adicionais e otimização de algumas de suas condições de saúde antes de prosseguir para a cirurgia.

Um procedimento de Whipple pode ser feito de várias maneiras:



  • Cirurgia aberta. Durante um procedimento aberto, seu cirurgião faz uma incisão em seu abdômen para acessar seu pâncreas. Esta é a abordagem mais comum e a mais estudada.

  • Cirurgia laparoscópica. Durante a cirurgia laparoscópica, o cirurgião faz várias incisões menores em seu abdômen e insere instrumentos especiais, incluindo uma câmera que transmite vídeo para um monitor na sala de cirurgia. O cirurgião observa o monitor para orientar as ferramentas cirúrgicas na realização do procedimento de Whipple. A cirurgia laparoscópica é um tipo de cirurgia minimamente invasiva.

  • Cirurgia robótica. A cirurgia robótica é um tipo de cirurgia minimamente invasiva em que os instrumentos cirúrgicos são acoplados a um dispositivo mecânico (robô). O cirurgião se senta em um console próximo e usa controles manuais para direcionar o robô. Um robô cirúrgico pode usar ferramentas em espaços apertados e em cantos, onde as mãos humanas podem ser grandes demais para serem eficazes.

A cirurgia minimamente invasiva oferece alguns benefícios, como menor perda sanguínea e recuperação mais rápida naqueles sem complicações. Mas também leva mais tempo, o que pode ser difícil para o corpo. Às vezes, um procedimento pode começar com uma cirurgia minimamente invasiva, mas complicações ou dificuldades técnicas exigem que o cirurgião faça uma incisão aberta para finalizar a operação.

Um cirurgião da Clínica Mayo conversa com um paciente sobre o procedimento de Whipple.

Antes de sua operação de Whipple, seu cirurgião explicará a você o que esperar antes, durante e após a cirurgia, incluindo riscos potenciais. Sua equipe de tratamento conversará com você e sua família sobre como sua cirurgia afetará sua qualidade de vida. Às vezes, o procedimento de Whipple ou outras operações do pâncreas realizadas para o câncer são precedidos ou seguidos por quimioterapia, radioterapia ou ambos. Converse com seu médico sobre as preocupações que você possa ter sobre sua cirurgia e várias outras opções de tratamento antes ou depois da operação.


Antes de ser internado no hospital, converse com sua família ou amigos sobre sua estadia no hospital e discuta qualquer ajuda que você possa precisar deles quando voltar para casa. Você precisará da ajuda de alguém nas primeiras semanas após a alta do hospital. O seu médico e a equipa de tratamento podem dar-lhe instruções a seguir durante a sua recuperação quando regressar a casa.

Alimentos e medicamentos

Converse com seu médico sobre:


  • Quando você pode tomar seus medicamentos regulares e se pode tomá-los na noite anterior ou na manhã da cirurgia
  • Quando você precisa parar de comer ou beber na noite anterior à cirurgia
  • Alergias ou reações que você teve a medicamentos
  • Qualquer história de dificuldade ou náusea grave com anestesia

O que você pode esperar

Antes do procedimento



Na manhã da cirurgia, você fará o check-in no balcão de admissão e se registrará. Enfermeiros e funcionários confirmarão seu nome, data de nascimento, procedimento e cirurgião. Você precisará então mudar para um vestido cirúrgico em preparação para a cirurgia.

Antes de sua cirurgia, uma linha intravenosa (IV) é colocada em uma veia, geralmente em seu braço. Isso é usado para injetar fluido e medicação em suas veias, conforme necessário. Você também pode receber alguns medicamentos para ajudá-lo a relaxar se estiver nervoso.

Você também pode ser submetido à colocação de um cateter epidural ou injeção espinhal, além de bloqueios nervosos locais na parede abdominal. Esses procedimentos permitem que você se recupere com o mínimo de dor e desconforto após a cirurgia e ajudam a diminuir a quantidade de analgésicos narcóticos necessários.

Durante o procedimento



Uma equipe cirúrgica trabalha em conjunto para permitir que você tenha uma cirurgia segura e eficaz. A equipe é composta por cirurgiões pancreáticos, enfermeiras cirúrgicas especializadas, anestesiologistas e anestesistas – médicos e enfermeiras treinados em administrar medicamentos que fazem você dormir durante a cirurgia – e outros.

Depois de dormir, linhas intravenosas adicionais podem ser colocadas com outros dispositivos de monitoramento, dependendo da complexidade da operação e de suas condições gerais de saúde. Outro tubo, chamado cateter urinário, será inserido em sua bexiga. Isso drena a urina durante e após a cirurgia. Normalmente é removido um ou dois dias após a cirurgia.

A cirurgia pode levar de quatro a 12 horas, dependendo de qual abordagem é usada e da complexidade da operação. A cirurgia de Whipple é feita com anestesia geral, então você estará dormindo e inconsciente durante a operação.

O cirurgião faz uma incisão em seu abdômen para acessar seus órgãos internos. A localização e o tamanho da sua incisão variam de acordo com a abordagem do seu cirurgião e sua situação particular. Para um procedimento de Whipple, a cabeça do pâncreas, o início do intestino delgado (duodeno), a vesícula biliar e o ducto biliar são removidos.

Em certas situações, o procedimento de Whipple também pode envolver a remoção de uma parte do estômago ou dos gânglios linfáticos próximos. Outros tipos de operações pancreáticas também podem ser realizados, dependendo da sua situação.

Seu cirurgião então reconecta as partes restantes do pâncreas, estômago e intestinos para permitir que você digira os alimentos normalmente.

Após o procedimento

Após o procedimento de Whipple, você pode esperar:


  • Permaneça na unidade cirúrgica geral. A maioria das pessoas irá diretamente para um andar de enfermagem cirúrgica geral após a cirurgia para se recuperar. A equipe de enfermagem e toda a equipe cirúrgica estarão monitorando seu progresso várias vezes ao dia e observando quaisquer sinais de infecção ou complicações. Sua dieta será lentamente avançada conforme tolerado. A maioria das pessoas estará andando imediatamente após a operação. Espere passar pelo menos uma semana no hospital, dependendo da sua recuperação geral.

  • Fique na unidade de terapia intensiva (UTI) por alguns dias. Se você tiver certas condições médicas ou um caso complexo, poderá ser internado na UTI após a cirurgia. Médicos e enfermeiros da UTI monitorarão sua condição continuamente para observar sinais de complicações. Eles lhe darão líquidos, nutrição e medicamentos através de linhas intravenosas (IV). Outros tubos drenarão a urina da bexiga e drenarão o fluido e o sangue da área cirúrgica.
Após a alta do hospital, a maioria das pessoas pode voltar diretamente para casa para continuar a recuperação. Algumas pessoas são convidadas a ficar nas proximidades por vários dias para monitoramento e visitas de acompanhamento. Idosos e pessoas com problemas de saúde significativos podem precisar de uma estadia temporária em um centro de reabilitação especializado. Converse com seu cirurgião e equipe se estiver preocupado com sua recuperação em casa.

A maioria das pessoas é capaz de retornar às suas atividades habituais quatro a seis semanas após a cirurgia. O tempo que você leva para se recuperar pode depender de sua condição física antes da cirurgia e da complexidade de sua operação.

Resultados



Suas chances de sobrevivência a longo prazo após um procedimento de Whipple dependem de sua situação particular. Para a maioria dos tumores e cânceres do pâncreas, o procedimento de Whipple é a única cura conhecida.



Converse com sua equipe de tratamento, família e amigos se você se sentir estressado, preocupado ou deprimido. Pode ajudar a discutir como você está se sentindo. Você pode querer considerar juntar-se a um grupo de apoio de pessoas que passaram por um procedimento de Whipple ou conversar com um conselheiro profissional.