terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

O papel dos suplementos na relação antibióticos-diarreia

 


O uso de antibióticos pode desencadear quadros graves e crônicos de diarreia. Para evitar esse risco, os farmacêuticos exercem um papel essencial na revisão da prescrição medicamentosa e na indicação de tratamentos complementares. Acompanhe algumas dicas:

Um problema generalizado

Mesmo alguém com uma microbiota saudável pode acabar sofrendo as consequências. Nesses casos, a indicação é repor também um suplemento à base de probióticos, em que as bactérias consigam minimizar o estrago feito pelo medicamento.

Como controlar a ingestão?

É necessário ter um intervalo de pelo menos três horas entre a administração do antibiótico e do probiótico, sendo que é recomendável a manutenção do probiótico mesmo depois de cessar a medicação, para manter a microbiota intestinal funcionando em equilíbrio.

Estude os efeitos

Ao administrar probióticos, é preciso estar atento aos seus efeitos benéficos e como o suplemento ajuda a repovoar o intestino com novas bactérias e microrganismos saudáveis. Para isso, o farmacêutico deve ter à mão estudos que reforcem essa premissa, e os lactobacilos rhamnosus GG possuem validação científica referente à sua utilização para diminuir os sintomas causados por antibióticos.

Período de uso

Outro alerta importante é ficar atento à administração de antibióticos por tempo prolongado. Quanto maior for o espectro do medicamento para atingir vários tipos de bactérias, maior é a probabilidade do indivíduo desenvolver outra patologia, que é a infecção por Clostridium. Essa é uma infecção grave, difícil de tratar e recorrente, que pode até gerar risco de vida.

Alimentação

Em uma assistência farmacêutica realmente plena, o profissional deve funcionar também como um conselheiro alimentar. Uma seleção de nutrientes leve, que não estimule o funcionamento do intestino e que seja baseada em carboidratos, fundamentalmente com pouco teor de proteínas, é o ideal. O consumo de fibras e alimentos de difícil digestão deve ser evitado.

Fontes: Dra. Ana Paula Castro e Dr. Décio Chinzon (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo)

Veja também: https://www.assistenciafarmaceutica.far.br/como-distinguir-sintomas-da-covid-19-e-da-gripe-comum/

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